Preâmbulo
Os seres humanos nunca sofreram tantos impactos nas áreas social, política, econômica e cultural e nunca tiveram tanto conhecimento e poder para modificar o ambiente em que vivem. Apesar das inúmeras possibilidades abertas pelas novas inter-relações que vivemos e a despeito das novas habilidades que a humanidade vem adquirindo, crises sem precedentes estão surgindo em diversas áreas.
A crescente interdependência entre os indivíduos, entre as sociedades e entre os seres humanos e a natureza como um todo intensifica os impactos imediatos ou a longo prazo, próximos ou distantes, das ações individuais e coletivas sobre o meio ambiente social e natural.
Além disso, as organizações sociais que deveriam estar capacitadas para enfrentar os novos desafios do século XXI estão cada vez menos eficazes. O poder invasivo dos mercados internacionais está enfraquecendo o papel tradicionalmente desempenhado pelos Estados. As organizações científicas buscam interesses específicos e não se dispõem a enfrentar os temas globais que desafiam a humanidade. As instituições econômicas internacionais não se dispõem a reverter o vertiginoso aumento das desigualdades. As empresas frequentemente têm adotado metas para atingir lucros a custa de interesses sociais e ambientais. As instituições religiosas não têm conseguido dar respostas para os novos desafios enfrentados pelas nossas sociedades.
Nesse contexto, cada um de nós deve assumir suas responsabilidades nos planos individual e coletivo. Aparecem novas oportunidades para enfrentar os novos desafios. Todo ser humano tem um papel a cumprir, assumindo e exercendo suas responsabilidades. O sentimento de impotência que parece prevalecer pode ser reduzido e até superado quando nos aliamos a outros e formamos uma força coletiva.
Embora todas as pessoas sejam consideradas iguais diante dos Direitos Humanos, as suas responsabilidades são proporcionais às suas possibilidades. A liberdade, a riqueza, o acesso a informação, o conhecimento e o poder aumentam a capacidade das pessoas exercerem as suas responsabilidades e responderem pelos seus atos.
As responsabilidades estão relacionadas com o presente e o com o futuro, como também com as ações passadas. Os danos causados pela coletividade devem ser assumidos moralmente pelo grupo envolvido e reparados na medida do possível. Devemos ser humildes e prudentes, na medida em que só entendemos parcialmente as conseqüências de nossas ações imediatas e futuras.
Princípios para conduzir o exercício das Responsabilidades Humanas
1. Todos nós temos a responsabilidade de agir de forma tal que os Direitos Humanos se reafirmem em nossos modos de pensar e em nossas atitudes.
2. A dignidade de cada pessoa deve contribuir para a afirmação da liberdade e da dignidade dos outros.
3. Faz parte das responsabilidades garantir que cada um tenha a possibilidade de desenvolver suas potencialidades ao máximo, incluindo as necessidades materiais, as aspirações imateriais e o compromisso de contribuir com o bem comum.
4. O caminho para uma paz duradoura requer liberdade, justiça e um processo de reconciliação que respeite, em todos os casos, a dignidade e os direitos humanos.
5. A pesquisa e o desenvolvimento dos recursos naturais requeridos para a satisfação das necessidades humanas e a busca da prosperidade devem apoiar-se em um compromisso com o princípio da precaução, de forma a garantir a proteção proativa do meio ambiente, o manejo controlado de sua diversidade e a distribuição eqüitativa das riquezas.
6. Para atingir o máximo desenvolvimento dos conhecimentos teóricos e das competências técnicas é preciso valorizar diferentes sistemas de saber e modos de conhecimento, compartilhando-os e pondo-os a serviço da solidariedade e de uma cultura de paz.
7. A liberdade da pesquisa científica requer o respeito a critérios éticos, tais como a valorização da biodiversividade, o respeito pela dignidade da vida humana e pelas outras formas de vida e a aceitação dos limites do conhecimento humano.
8. O exercício do poder é legítimo quando está a serviço do bem comum e quando quem o exerce responde por seus atos diante daqueles para quem esse poder é exercido.
9. Nas decisões sobre prioridades de curto prazo, a avaliação das conseqüências deve ser feita de acordo com prioridades éticas, de justiça e de proteção ambiental intergeracional, levando-se em consideração os riscos e as incertezas de longo prazo.
10. Para responder aos desafios presentes e futuros é necessário conciliar a ação solidária e o respeito às especificidades culturais.
Saiba mais em: http://www.carta-responsabilidades-humanas.net/spip.php?page=sommaire&lang=pt_br
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Onde tudo começou ...
Competia ao curso Ministrado no Jardim Botânico de Santos a abordagem básica e avançada de temas voltados à: Monitoria Ambiental, Reciclagem e Artesanato, Ecoturismo e Agrossilvicultura, bem como, Planejamento, Criação de Projetos, Consultoria na área Ambiental.
Exemplos: EIA-RIMA, Licenciamento Ambiental, Plano de Manejo em Áreas Degradadas como o objetivo de fomentar o Ecomercado de trabalho.
Com todas essas vivências, hoje a ONG VIDA é uma realidade.
Arquivo => http://www.iflorestal.sp.gov.br/rbcv/nucleo_santos.asp
Exemplos: EIA-RIMA, Licenciamento Ambiental, Plano de Manejo em Áreas Degradadas como o objetivo de fomentar o Ecomercado de trabalho.
Com todas essas vivências, hoje a ONG VIDA é uma realidade.
Arquivo => http://www.iflorestal.sp.gov.br/rbcv/nucleo_santos.asp
Livros
- GALVANI, Pascal (2002). A Autoformação, uma perspectiva transpessoal, transdisciplinar e transcultural. In. CETRANS, Coordenação Executiva do. (2002) Educação e Transdisciplinaridade, II. São Paulo: TRIOM
- ELIAS, NORBERT. (1994). A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor
Nenhum comentário:
Postar um comentário